quarta-feira, 28 de março de 2012

Obrigado por tudo, Animal

 A noite de hoje tem tudo para ser inesquecível para os mais de 20 mil vascaínos que lotarão o estádio de São Januário. Se trata do jogo de despedida de um cidadão que sempre honrou a cruz de malta que levava no peito e acabava com o Flamengo nos jogos decisivos e por isso se tornou um dos maiores (se não o maior) ídolos da torcida cruzmaltina.

 Infelizmente, eu ainda tinha pouca idade quando o Animal deu os seus bailes em cima da defesa rubro-negra, e também quando nos deu o Brasileiro de 1997. Só pude ver o Edmundo com a camisa do Vasco em 2008, mas infelizmente, não fez um bom ano no clube.

 Marcado pelo seu espírito guerreiro e sua competitividade, exaltada até por Juninho Pernambucano, Edmundo conquistou a torcida no final da década de 90. E a partir do momento em que saiu do cruzmaltino, sempre que pisou em São Januário vestindo a camisa de outro clube, teve o seu nome gritado pela torcida, que ainda sentia saudades e tinha a certeza que o jogador iria voltar.

 Os números de Edmundo com a camisa do Vasco são poucos se forem comparados com os de outros ídolos como Juninho e Dinamite, por exemplo. O Animal com a camisa cruzmaltina ganhou apenas um campeonato brasileiro (1997) e um campeonato estadual (1992). Se fossem somente os números que fizessem de um jogador um ídolo, Edmundo seria apenas mais um. O que realmente fez dele unanimidade quase total entre os torcedores, foram as memoráveis partidas contra o nosso maior rival. O craque realmente "esculachava" o Urubu em todos os confrontos entre Vasco e Flamengo. Um deles, o mais importante, foi na semi-final do Brasileirão de 1997, onde o Animal fez três dos quatro gols da vitória vascaína por 4x1, classificando o time para a final, que após empate com o Palmeiras, se sagrou campeão brasileiro daquele ano.

 Esse é apenas o "resumo" da história de Edmundo com a camisa cruzmaltina, uma história que terá fim hoje as 19h30 em São Januário.

 Saudações Vascaínas.

 João Pedro Sousa.